quarta-feira, 13 de maio de 2009

Mais ideias retiradas do blog MUNDO CORDEL

a) Cordéis Narrativos, que contam uma história, um caso, um fato pitoresco. Podem ser subdivididos em:1) Ficção, quando narra um fato criado pela imaginação humana, ainda que baseado em fatos reais (p.ex. “A chegada de Lampião no Inferno”), podendo ser:i) Original, quando o próprio autor dos versos é também autor do enredo; eii) Adaptação, quando o autor dos versos aproveita um enredo já existente. Muito usada em relação aos clássicos da literatura.2) Não ficção, quando o autor se propõe a narrar fatos efetivamente ocorridos (p.ex: “O ataque de Lampião a Mossoró”);b) Cordéis dissertativos, quando o autor comenta, analisa, opina sobre determinados fatos. Muito usado para tratar de temas políticos e econômicos de interesse da população (p.ex: Cordel sobre as prisões brasileiras);c) Cordéis descritivos, quando o autor “desenha” um cenário com seus versos. Jessier Quirino faz isso com maestria em “Paisagens do Interior” e “Parafuso de Cabo de Serrote”;d) Cordéis em homenagem a algo ou alguém. Uma cidade, um herói, um mito, conforme se vê em “O Vôo da Patativa”, de Dideus Sales, homenageando Patativa do Assaré.
Definidos o tema e o tipo, já se pode estabelecer a mensagem central a ser transmitida, a qual pode se constituir em um “mote”. Mote é o tema sobre o qual o poeta desenvolve os seus versos, exposto no último verso da estrofe ou nos dois últimos, quando é mote de duas linhas.
Feito isso, é hora de escolher a forma. Aqui, o leitor pode buscar qualquer uma das formas relacionadas nos posts “A técnica de fazer cordel", I e II, ou criar uma nova – o que só é aconselhável para quem tem muita prática no assunto.
É bom lembrar as seguintes dicas: a) versos e estrofes mais longas funcionam melhor para temas mais complexos; b) o cordel fica melhor de ler quando cada estrofe encerra uma idéia completa, formando um conjunto harmônico.Outra dica importante: versos curtos são melhores para situações em que se pretende dar idéia de velocidade.

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