quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Reflexões Unidades 5 e 6 TP2- Estudo







-A fala é velha como a consciência, a fala é uma consciência prática, real, que existe tanto para os outros como para mim mesmo. E a fala, como a consciência, nasce apenas da necessidade, da imperiosidade de contato com outras pessoas. (Marx apud Schaff, 1968, p. 317.)

DICIONÁRIO JURÍDICO DO SEU CREISSON


ARRESTO: Arréstio é um pôquinho di comidia que sóbria pra jântia ou pra malmítia.

LIMINAR: É quândio um bandídio da comunidade manda liminar ôtro cara di que ele não gostia.
AGRAVO: É muitio simpres, é o mêrmo qui amemorizo ou adecoro.
APENSO: Essa é fáciu. Apensio, por isso sô inteligenti.
HABEAS CORPUS: Si fô sem conssentimentio, é istrupo.
INTIMAÇÃO: Intimassão é o momentiu di intimidadi di um cazau.
PREGÃO: É a mais óbivia. É um préguio muitio grandi.
ARROLAMENTO: Arrolhamentio pódi sê 2 coisa: O atio de botiar a rolia na garrafa ou di rolá uma coisa mutio pesádia.
PENSÃO ALIMENTÍCIA: Na penção alimentiça pódesse cumê muitias coisa...depêndi di qual é o prátio du dia.

ACÓRDÃO: Éssa é ridícola. É o qui tôdus fasem dimanhãnzinha.
FÓRUM: É o passadio do verbo fumu. Por exemprio: Eles fórum mais num voltiarum.
COMISSÁRIO: É quem vivi di comição: Exemprio: garsson e franelinha.

REVISÃO GRAMATICAL

ABISMADO - pessoa que caiu no abismo.
ABREVIATURA - ato de se abrir um carro de policia
ADVERSÁRIO - dia de nascimento do fanho
AÇUCAREIRO - revendedor de açúcar que vende acima da tabela
ALOPATIA - dar um telefonema para a tia
AMADOR - o mesmo que masoquista
AMAZONAS - apreciador das zonas de baixo meretrício.
ARMARINHO - vento proveniente do mar.
ARTESÃO - aparentando excitação.
BACANAL - reunião de bacanas
BARGANHAR - receber botequim de herança
BARRACÃO - proibir a entrada de cachorro
CAATINGA - cheiro ruim
CÁLICE - ordem para ficar calado
CAMINHÃO - estrada muito grande
CANGURU - líder espiritual de cachorros
CATALOGO - ato de se apanhar coisas rapidamente
COMBUSTÃO - mulher com peito grande
COMPULSÃO - qualquer animal com pulso grande
CONCEIÇÃO - elemento da soma: Quatro conceição dez.
CRETINO - nativo de Creta.

DEPRESSÃO - espécie de panela angustiante
DESBOTAR - quando a galinha bota dez ovos.
DESDENTADAS - o mesmo que dez mordidas.

DESTILADO - aquilo que não está do lado de lá
DETERGENTE - ato de prender indivíduos suspeitos
DETERMINA - prender uma garota
EDIFÍCIO - antônimo de "é fácil".
EFICIÊNCIA - ciência que estuda a letra "F".
ESFERA - animal selvagem já domesticado.
ESPERTO - o mesmo que distante.

EVENTO - constatação de que realmente é' vento, não furacão, tornado..
EXÓTICO - algo que deixou de ser ótico, passou a ser olfativo ou auditivo...
FLUXOGRAMA - direção em que cresce o capim.
FORNECEDOR - empresário dedicado ao ramo de agradar os masoquistas
GENEROSA - fator genético da rainha das flores.
GENITÁLIA - órgão reprodutor dos italianos
GINCANA - bebida contendo gim e pinga.
GLANDE - sinônimo de "enolme".
HALOGÊNIO - forma de cumprimentar pessoas superdotadas.
HOMOSSEXUAL - Sabão utilizado para lavar as partes íntimas
INTIMAÇÃO - o mesmo que carícias sexuais.
LEILÃO - Leila com mais de 2 metros de altura
JURISPRUDENTE- diz-se do grupo de jurados que declara inocente o filho do bicheiro que, em legítima defesa da honra e apenas levemente embriagado, bombardeou o asilo de velhinhos cegos Nossa Senhora do Amparo
KARMA - expressão mineira para evitar o pânico
LOCADORA - uma mulher maluca de nome Dora
MINISTÉRIO - aparelho de som de tamanho reduzido.
MISSÃO - missa muito longa.
NEGATIVA - crioula muito trabalhadora.
NOVAMENTE - diz-se de indivíduos que renovam sua maneira de pensar
OBSCURO - "OB" na cor preta
PRESSUPOR - colocar preço em alguma coisa.
PSICOPATA - veterinário especialista em doenças mentais de patas
QUARTZO - partze ou aposentzo de um apartamentzo
RAZÃO - lago muito extenso porém pouco profundo
RODAPÉ - aquele que tinha carro mas agora roda a pé
SAARA - mulher do Jaaco
SEXÓLOGO - sexo apressado
SIMPATIA - concordando com a irmã da mãe
SOLUÇÃO - forte soluço.
SOSSEGA - mulher desprovida de visão
SUPERTIÇÃO - crioulo muito forte.
TABELA - sinônimo de "estar bonita".
TALENTO - característica de alguma coisa devagar
TÍPICA - o que o mosquito nos faz
TRIGAL - cantora baiana elevada ao cubo
UNÇÃO - erro de concordância muito freqüente (o correto seria UM É)
VATAPÁ - ordem dada por prefeito de cidade esburacada
VIDENTE - dentista falando sobre seu trabalho
VIÚVA - ato de ver uva
VOLÁTIL - sobrinho avisando onde vai
XIITA - nome da macaca do Tarzan.

ZUNZUNZUM - na Fórmula 1, momento em que o espectador percebe que os três líderes da prova acabaram de passar à sua frente
ZOOLÓGICO - reunião de animais racionais.

Manual de Como Falar Bem

Aprenda a se expressar, sem usar gírias e termos afins.

"Prosopopéia flácida para acalentar bovinos"

(Conversa mole pra boi dormir)

"Romper a fisionomia"

(Quebrar a cara)

"Creditar o primata"

(Pagar o mico)

"Dar carga à bolsa escrotal"

(Encher o saco)

"Derrubar com a extremidade do membro inferior o suporte central de uma das unidades de acampamento"

(Chutar o pau da barraca)

"Deglutir o batráquio"

(Engolir o sapo)

"Derrubar com mortais intenções"

(Cair matando)

"Aplicar a contravenção do Sr. João, deficiente físico de um dos membros superiores"

(Dar uma de João sem braço)

"Sequer considerar a utilização de um longo pedaço de madeira"

(Nem a pau)

"Sequer considerar a possibilidade da fêmea bovina expirar fortes contrações laringo-bucais"

(Nem que vaca tussa)

"Derramar água pelo chão através do tombamento violento e premeditado de seu recipiente"

(Chutar o balde)

"Retirar o filhote de equino da perturbação pluviométrica"

(Tirar o cavalinho da chuva)

"Alongar as tíbias"

(Esticar as canelas)

"A ruminante bovina deslocou-se para terreno sáfaro e alagadiço"

(A vaca foi pro brejo)

"Colóquio soporífero para gado bovino repousar"

(História pra boi dormir)





Fonte:
http://textos_legais.sites.uol.com.br/


Revisão gramatical feita pelo clube das loiras:

ABREVIATURA- ato de se abrir um carro de policia;
ALOPATIA - dar um telefonema para a tia;
BARBICHA - boteco para Gays;
CÁLICE - ordem para ficar calado;
CAMINHÃO - estrada muito grande;
CATÁLOGO - ato de se apanhar coisas rapidamente;
COMBUSTÃO - mulher com peito grande;
DESTILADO - aquilo que não está do lado de lá;
DETERGENTE - ato de prender indivíduos suspeitos;
DETERMINA - prender uma garota;
ESFERA - animal feroz amansado;
HOMOSSEXUAL - Sabão utilizado para lavar as partes íntimas;
LEILÃO - Leila com mais de 2 metros de altura;
KARMA - expressão mineira para evitar o pânico;
LOCADORA - uma mulher maluca de nome Dora;
NOVAMENTE - diz-se de indivíduos que renovam sua maneira de pensar;
OBSCURO - 'OB' na cor preta;
QUARTZO - partze ou aposentzo de um apartamentzo;
RAZÃO - lago muito extenso porém pouco profundo;
RODAPÉ - aquele que tinha carro mas agora roda a pé;
SAARA - muulher do Jaaco;
SEXÓLOGO - sexo apressado;
SIMPATIA - concordando com a irmã da mãe;
SOSSEGA - mulher desprovida de visão;
TALENTO - característica de alguma coisa devagar;
TÍPICA - o que o mosquito te faz;
UNÇÃO - erro de concordância muito frequente (o correto seria um é);
VATAPÁ - ordem dada por prefeito de cidade esburacada;
VIDENTE - dentista falando sobre seu trabalho;
VIÚVA - ato de ver a uva;
VOLÁTIL - sobrinho avisando onde vai.

Esta é uma redação feita por uma aluna do curso de Letras, da UFPE, que obteve vitória em um concurso interno promovido pelo professor titular da cadeira de Gramática Portuguesa.

"Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal.

Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos.

O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice.

De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos.

Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo.

Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu aposto.

Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar.

Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto. Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: abraçaram-se, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois.

Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros.

Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta.

Estavam na posição de primeira e segunda pessoas do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular.

Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas.

Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história.

Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou, e mostrou o seu adjunto adnominal.

Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto.

Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.

O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva."


A FUNÇÃO DO SUJEITO

Adriana Falcão


- Anotem aí. Análise sintática. Sujeito simples.
- Acho difícil, professor. Os sujeitos geralmente são muito complicados.
- Nem sempre. Querem ver? Qual o sujeito da frase “Maria vai ao cinema”?
- Quem é Maria?
- O sujeito da frase, ora.
- Isso eu sei. A questão é que existem muitas Marias no Brasil. Eu quero saber de qual delas o senhor está falando.
- Tanto faz. Eu usei o nome Maria como exemplo.
- De alguém que vai ao cinema.
- Exatamente.
- O senhor sabe quanto está o preço do ingresso?
- A pergunta em questão não é essa. Eu perguntei qual era o sujeito da frase.
- Depende da Maria. E do salário dela. Grande parte das Marias brasileiras não tem dinheiro pra ir ao cinema.
- A aula é de português, e não de economia, meu filho!
- Sem falar que a maioria dos municípios brasileiros não tem cinema. O que já prejudica também o predicado da frase.
- Tudo bem. Muda-se o exemplo. “Maria está assistindo à novela”. Pode ser?
- Pode. Mas eu, se fosse Maria, desligava a televisão e ia ler um livro.
- “Maria lê um livro” está bom para você?
- Deve estar melhor para Maria. Qual é o livro?
- “Como lidar com alunos irritantes”.
- É auto-ajuda?
- Digamos que sim.
- E Maria é professora?
- Maria pode ser quem você bem entender.
- Se, além de termo essencial da oração, Maria é professora, talvez o livro sirva para ela.
- Pelo visto, além de ser bom em chatear os outros, você também é ótimo em análise sintática.
- Mas se Maria não é professora, por que ela não lê um romance? Uma novela? Crônicas!
- “Maria lê um livro de crônicas de Rubem Braga.” Qual a função de “Rubem Braga” na frase?
- Depende da crônica. Em se tratando de uma crônica engraçada, divertir. Em se tratando de uma romântica, emocionar. E por aí vai.
- Por aí não vai. Eu estou tentando dar uma aula de análise sintática e você não está deixando.
- Orações coordenadas descoordenadas. O senhor está dando uma aula de análise sintática e eu apenas estou tentando aprofundar os assuntos.
- Ótimo exemplo. Qual a função de “aprofundar os assuntos”?
- Ora, professor, é gerar discussões inteligentes. Criar oportunidades para os alunos participarem da aula.
- Mas você não está deixando ninguém participar da aula! Só quem fala aqui é você.
- É o que eu falo. As pessoas estão muito passivas. É por isso que eu estou levantando questões de grande importância para provocar alguma reação.
- A análise sintática é uma questão de grande importância!
- Até certo ponto. Se João mata Maria, por exemplo, temos várias questões envolvidas aí e a análise sintática é apenas uma delas. Por que ele a matou? Seria um típico caso de violência contra a mulher? Um crime passional? Um latrocínio? João foi preso? Se é que ele foi, terá recebido um bom tratamento no presídio? Ou terá sido vítima do descaso das autoridades com relação ao sistema penitenciário que deveria reintegrar o sujeito da frase à sociedade?
- Desisto. Você é impossível. “Você”, sujeito da frase, “é”, terceira pessoa do presente indicativo do verbo ser, “impossível”, ou muito difícil, ou insuportável, ou intolerável, segundo o Aurélio. E qual a função do sujeito? Atrapalhar a minha aula.
- Desculpa, professor. Eu só queria provar que os sujeitos, em geral, são muito complicados.




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